quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Possível surto de tuberculose em presídio do RN contamina dois PMs

Do DN Online, com informações de De Sidney Silva, via APBMS

A Associação dos Praças da Polícia e Bombeiros Militares do Seridó está denunciando um surto de tuberculose que vem colocando em risco a vida de militares, agentes penitenciários e detentos da Penitenciária Estadual do Seridó, o “Pereirão”, localizado no município de Caicó.

Pelos menos dois PM’s que trabalham na penitenciária foram diagnosticados com a bactéria, e um deles, precisou ser transferido as pressas para Natal, afim de fazer um tratamento mais eficaz devido a gravidade. O Comandante Geral da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, Coronel Francisco Araújo, disse que está tomando as providências cabíveis em relação ao caso.

“Já determinamos que o coronel Kleber leve sua equipe à Caicó de forma imediata para fazer uma inspeção de saúde em todos os nossos policiais, a fim de garantir a integridade e manutenção de saúde dos mesmos“, frisou Araújo.

O cabo PM João Batista, presidente da APBMS, se mostrou bastante preocupado com a situação e confirmou que comunicou o problema ao major PM Walmery Costa, comandante do 6º Batalhão da Polícia Militar de Caicó, que, por sua vez, determinou que os policiais em serviço de rua deixassem de fazer as refeições no presídio, (almoço e jantar), como vinha ocorrendo, e passassem a se alimentar em suas casas até que uma solução seja encontrada.

Fonte:http://www.dnonline.com.br/app/noticia/cotidiano/2012/10/24/interna_cotidiano,109434/possivel-surto-de-tuberculose-em-presidio-do-rn-contamina-dois-pms.shtml#.UIfghfrf4gs.facebook.

sábado, 20 de outubro de 2012

Globo é condenada a indenizar policial militar


A Globo foi condenada no mês passado a pagar uma indenização de R$ 200 mil a um policial militar que, erroneamente, acusara de ter participado do estupro de uma menina de 11 anos dentro de uma delegacia.
Além do valor da indenização, considerado alto, chama a atenção o fato de o caso ter ocorrido há quase 21 anos.
O sargento E.R.J., hoje com 41 anos, tinha apenas 11 meses de Polícia Militar na época. Ele estava de plantão na delegacia de Itapecerica da Serra (Grande São Paulo) no dia 19 de novembro de 1991. Foi preso junto com outros quatro policiais civis.
O caso foi noticiado pelo telejornal local da Globo, na época chamado de São Paulo Já. No Fantástico, ilustrou com destaque uma reportagem sobre policiais que viraram bandidos.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

A realização profissional da policial feminina no RN desde o ano 2000


Por:  Das Graças Nascimento



                     Pauta de hoje: A realização profissional da policial feminina no RN desde o ano 2000 (ano que eu entrei) até os dias de hoje.

                    Li uma entrevista sobre a TC PM/DF Cynthiane Santos. Aos 40 anos a mesma irá comandar o Batalhão de choque daquele Estado. Como mulher e como profissional de segurança sinto - me bastante orgulhosa e ao mesmo tempo bastante decepcionada com o modo como somos tratadas aqui n
o Estado.

                   Voltando no tempo, quando entrei em 2000 durante o curso não podíamos de forma alguma falar com os homens durante o curso, tínhamos que baixar a cabeça ao passar por qualquer homem dentro da APM, nunca entendi aquela atitude haja vista a Gloriosa ser composta em sua grande maioria por homens, enfim, quando me formei fui pra CPFem a ainda alcancei as mulheres usando short - saia e o famoso sapato "baratinha", aquele uniforme era deveras impróprio para o serviço operacional. Graças a Deus assim que as 2000 entraram puderam enfim usar calça e trabalhar numa viatura ostensivamente, viatura essa composta só por mulheres por determinação dos comandantes, mesmo depois de formadas os superiores chamavam a nossa atenção quando conversávamos com os homens.
No início só era "permitido" usar o coldre de cintura, como eu era motorista resolvi usar o coldre de perna e fui muito discriminada por causa disso, os mais antigos estavam mais preocupados com minhas vestimentas "femininas" do que com a minha segurança. Farda feminina nunca existiu durante todos esses anos, recebíamos fardamentos masculinos enormes, as costureiras piravam para diminuir aquelas sacolas. Esse ano, enfim, resolveram fazer fardamentos um pouco parecido com um corpo feminino.

                  Lembro que as 2004 foram as primeiras que usaram tonfas (antes só usávamos bastões) e também foram alvo de chacotas e reclamações por parte de pessoas que nunca souberam o que é necessário ou não no serviço policial ostensivo.

             CFO pra o efetivo feminino desde 1996 que não tem, não há mais tenentes combatentes do quadro feminino. O último concurso que houve com vagas para mulheres foi o CFC em 2002.
Diariamente eu me pergunto qual o papel da policial feminina dentro da corporação, não o papel da mulher, o PAPEL DA POLICIAL FEMININA.

                    Quando a CPFem tinha a sede dentro do QCG houve alguns constrangimentos por parte de alguns homens, chegavam uns pedindo pra pregar botão em farda, outros pra engomar canícula, outros pedindo pra cuidar do filho porque a esposa tinha saído, eu sempre me recusei a fazer esses tipos de serviço, até gritos levei, mas não fiz. Graças a Deus essa idéia de que a mulher é empregada doméstica e dona de casa prendada dentro da profissão diminuiu e muito depois que a CPFem saiu do Zero.

                      Quando pedimos pra usar pistolas disseram na cara da gente que não porque se ele (não falarei o nome) tinha atirado na própria perna imagine o que as mulheres não fariam. Só foi permitido o uso da pistola pra quem tinha o curso da FNSP e depois foi aberto pra quem tinha o método Giraldi.

                   Resumindo, o papel da policial feminina aqui dentro do Estado ainda não se firmou, ainda não sabemos de fato o objetivo fim, falta interesse dos que detém o poder, mas acima de tudo falta o interesse de nós mulheres. Sei que a voz da gente é quase imperceptível, mas não podemos deixar que a gente se torne mera recebedoras de soldo. A corporação é extremamente machista e não vejo uma luz de quando isso irá acabar, ou pelo menos diminuir.

                        Quer ver o mundo acabar? É alguém falar que vai aderir o rabo de cavalo aqui na corporação. Se aqui não pode usar um simples rabo de cavalo imagine quando será que uma mulher irá comandar uma tropa de elite.
Eu digo quando... NUNCA!!!

Batalhão de Choque da PMDF agora será comandado por uma mulher


Quatrocentos policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar sob o comando de uma mulher. A tenente-coronel Cynthiane Santos, de apenas 40 anos, inicia mais um marco na história da polícia no Brasil. Pela primeira vez, uma tropa de elite estará sob coordenação de uma policial. A nova missão é encarada com honra pela coronel há d
ez anos.

A conquista é motivo de orgulho para a família e, principalmente, para filho adolescente, de 16 anos, e para o pai militar. Foi na figura paterna que a hoje tentente-coronel se espelhou. “O primeiro incentivo veio dele e visto a camisa da minha profissão. Acredito que ele tem uma realização em mim”, destaca.

O ingresso na Polícia Militar aconteceu ainda muito jovem. Com 19 anos, Cynthiane começou a vestir a farda, sempre sinônimo de respeito e amor. “Me sinto lisonjeada e tenho objetivos cada vez maiores. Há espaço para todos e tudo depende da preparação e formação. Assumir o comando geral do batalhão é motivo de muita honra para mim”, ressalta.

Operações especiais
Especialista em operações especiais, a comandante do batalhão destaca que os treinamentos físicos, que envolvem atividades de barra, flexões, resistência e corrida, sempre foram realizados com o mesmo potencial dos policiais. “Homens e mulheres desempenham a mesma função e cada policial tem um preparo físico. Temos de estar sempre dispostos, preparados e aptos a realizar as mesmas atividades”, ressalta.

O número de mulheres no Batalhão de Choque comprova que o sexo frágil já é coisa ultrapassada para elas. Hoje, são dez policiais em serviço nas operações policiais divididas entre cabos e sargentos. “O trabalho da polícia é uma ação em equipe. Eu dependo de todos os 400 e eles precisam de mim e um dos outros”, aponta.

A sala da comandante de cor preta tem toque e ar de feminilidade. Ela conta que o filho ficou emocionado quando soube da notícia. O adolescente passou parte da infância na unidade, quando a mãe ainda era policial do Bope. “O pai o trazia para que eu pudesse matar um pouco a saudade. Quando disse que o local, que era do outro coronel, iria ser meu ele ficou muito orgulhoso. Ele cresceu me apoiando, me dando forças”, emociona-se.

Muitos dos policiais que hoje a tenente-coronel comanda são, ainda, colegas de profissão e até amigos de dez anos atrás. “Nas operações especiais, não há muita rotatividade, então, meu filho vinha me ver e se relacionava com as pessoas com quem trabalho até hoje”, conta.

Pioneira
A tenente-coronel Cynthiane é também pioneira em vários outros eventos ligados à profissão de policial que abraçou. Durante três anos – de 2007 a 2010 – ela fez parte da supervisão da segurança pessoal do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Antes, nenhuma outra mulher tinha assumido o cargo.

“A farda é motivo de orgulho. Como em toda profissão há riscos, mas quem tem medo não vem para cá. Há uma seriedade e preocupação, mas não medo”, destaca.

Além disso, a policial foi a primeira oficial feminina da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) a viajar para o Timor Leste em uma Missão de Paz pela Organização das Nações Unidas (ONU).


Fonte: http://clicabrasilia.com.br/site/noticia.php?id=428683