quinta-feira, 26 de abril de 2012

Soldados da PMRN não tem perspectiva de ascensão


Polícia Militar do RN completará, no próximo mês de junho, 178 anos de existência, mas seus soldados ainda não possuem qualquer perspectiva de ascensão profissional.
A legislação militar prevê a promoção ao soldado à graduação de cabo após 15 anos de efetivo serviço, desde que cumpram alguns requisitos. No entanto, nem assim os soldados da Policia Militar estão sendo promovidos.
Há pouco mais de dois meses foi publicado neste blog o caso de um soldado que foi transferido para a reserva remunerada na mesma graduação que ingressou na PMRN no ano de 1988. O caso desestimula os PM's e aumenta a cada dia o número de "baixas" na corporação, já que muitos procuram o ingresso em outras carreiras.
Por outro lado, enquanto os soldados da PM passam mais de uma década para visualizar uma promoção, sargentos e oficiais têm garantia de promoções a cada ano. Isso por que a legislação não prevê mais de dez anos para obter a promoção. O 3º sargento, por exemplo, para ser promovido à graduação seguinte deve possuir, no mínimo, seis anos na função de 3º sargento; já para oficiais o tempo mínimo de interstício na permanência de um posto é menor.
Para diminuir essas disparidades, o comando da PMRN e entidades representativas vêm se reunindo desde o ano de 2011 para elaborar uma nova Lei de Promoções. No entanto, apesar da minuta já está pronta o projeto ainda não foi encaminhado para o Governo do Estado para apreciação.
Enquanto isso, os soldados da Polícia Militar do RN ainda continuam esperando por uma oportunidade de promoção quer seja a uma das mais de 1000 vagas à graduação de cabo ou das 800 vagas à graduação de sargento, visto que desde o ano de 2010 o Comandante Geral anunciou a realização dos concursos internos os quais ainda não passaram de algumas reuniões das Comissões dos respectivos certames.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Policiais Femininas utilizam de humor para conscientizar sobre danos causados pelo trote aos telefones emergenciais


Por: Assessoria de Comunicação da PMRN

Foto: PMRN
Apresentação do Grupo de Teatro Absolutas
Apresentação do Grupo de Teatro Absolutas

Composto, em sua maioria, por Policiais Militares Femininas, o Grupo de Teatro Absolutas foi idealizado pela Sargento PM Célia com o objetivo de difundir um trabalho sócio-educativo, conscientizando a população norte-riograndense acerca do trabalho Policial Militar no Estado.

O Grupo é composto por Policiais Femininas e Masculinos que trabalham nas mais diversas modalidades de policiamento, servindo sempre à Polícia Militar e à sociedade potiguar.

Entre tantas apresentações, o Grupo de Teatro Absolutas atualmente vem conscientizando a população acerca dos danos causados pelo trote efetuados para os telefones emergenciais. Os trotes correspondem atualmente a cerca de 60% do total de ligações recebidas pelo Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (CIOSP), prejudicando o atendimento ao cidadão que realmente necessita dos serviços emergenciais.

O Grupo de Teatro Absolutas, dessa forma, vem realizando um trabalho educativo, alertando, de maneira irreverente, para os danos causados por essas práticas delituosas. "A apresentação tem um caráter social, visto que fala sobre a prática do trote para os telefones de emergência", afirmou a Sargento PM Célia.

Com humor, o Grupo de Teatro alerta, principalmente às crianças, do prejuízo do trote para a segurança de toda a população, orientando, por fim, que acionem a Polícia Militar ou qualquer outro órgão emergencial somente em caso de real necessidade.

Para contactar o Grupo, os órgãos interessados devem encaminhar Ofício direcionado ao Comando Geral da PMRN e/ou entrar em contato com a Sargento PM Célia pelo telefone (84) 8851-2451.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Tenente disponibiliza documentos para segurança jurídica dos PM’s

Por Sd Glaucia
Tenente Daniel
O 2º Tenente Daniel, Comandante do Pelotão de Pipa, entrou em contato com o blog e disponibilizou para os policiais militares do RN uma série de documentos que visam garantir a segurança jurídica das ações policiais durante uma ocorrência.
A iniciativa do Oficial se deu através da análise de uma grande quantidade de sindicâncias e processos instaurados em desfavor de policiais, provocando uma insegurança jurídica para esses operadores de segurança pública.
Abaixo segue a nota enviada pelo Oficial ao blog da Sd Gláucia:
Olá companheiro(a)s,
Após verificar a grande quantidade de sindicâncias e processos instaurados em desfavor de companheiros em ocorrências aparentemente corriqueiras, decidi organizar alguns modelos de documentos que devem ser utilizados pelos Policiais Militares que trabalham diretamente nas ruas.
Se todos tivessem o costume de elaborar boletins de ocorrência, auto de resistência, auto de entrada em domicílio, e outros documentos, dificilmente o policial iria “se enrolar”após o encerramento de uma ocorrência.
É interessante que cada militar tenha uma pasta separada em casa, onde coloque as cópias ou os originais dos boletins e demais documentos de ocorrências que participou de forma direta, pois quando for chamado à Justiça e/ou Corregedoria, terá sempre ao seu lado a prova documental que agiu estritamente de acordo com a legislação em vigor.
Resolvi organizar e colocar à disposição dos senhores os seguintes modelos: BOPM (Boletim de Ocorrência Policial Militar), Auto de Resistência à Prisão, Auto de Entrada em Domicílio e Laudo de Exame de Corpo de Delito para Flagranteado.
O BOPM, dos modelos citados anteriormente, é o mais comum em nosso meio. É utilizado para narrar ocorrências desde as mais simples como até as de maior complexidade. Nele deve conter os dados de todas as pessoas envolvidas, além de dados complementares, como a apreensão de bens, se houver, bem como o tipo do desfecho da ocorrência, SEMPRE com a assinatura do Policial Civil ou Federal, a depender do tipo de crime. Vale ressaltar, que após concluir o histórico, o PM coloque ao final que o preso está sendo entregue em perfeitas condições físicas e mentais, se for o caso.
O Auto de Resistência à Prisão deve ser utilizado quando houver algum tipo de agressão/reação por parte do flagranteado, devendo o policial utilizar da força física necessária para cessar a agressão e a paz pública ser retomado, lembrando sempre de colher assinaturas no local, e caso não seja possível, colocando dois policiais presentes para serem testemunhas.
O Auto de Entrada em Domicílio deverá sempre ser confeccionado quando o PM adentrar em uma residência com o consentimento de qualquer morador, sempre chamando testemunhas para presenciarem e assinarem, evitando assim que o PM responda uma possível invasão de domicílio.
E finalmente o Exame de Corpo de Delito para Flagranteado, é um dos documentos mais importantes e este não pode deixar de ser feito pelo militar que efetua uma condução ou uma prisão em flagrante de um suspeito. Apesar de haver controvérsias que este modelo não tem validade para a Polícia Civil, eu acredito que há sim, e a assinatura do médico ao final, atestando a situação física do conduzido tem validade perante a Justiça, como qualquer outro documento. Já aconteceram diversas situações que o policial conduz o suspeito para a DP e após a entrega, ele aparece morto no dia seguinte na cela. Este documento, se foi feito antes da entrega do preso, com certeza resguardará o policial que o entregou em perfeito estado físico e mental na DP. É aconselhável que seja feito em duas vias, ficando uma na DP e o outro em seu arquivo pessoal.
Os modelos estão à disposição de todos os militares que acessarem o linksites.google.com/site/manualpraticodopm/config/pagetemplates/download-de-arquivos
Sintam-se à vontade para modificar o cabeçalho ou adaptar de acordo com as peculiaridades da unidade na qual serve.
Atenciosamente,
2º Ten. QOPM Daniel
Comandante do Pelotão de Pipa/RN
pelpipa@rn.gov.br

domingo, 8 de abril de 2012

Delegados teriam vendido 20 kg de cocaína

As denúncias relativas a crimes supostamente praticadas por delegados da Polícia Civil são extensas e, dentre elas, atribuem o delito de tráfico de drogas a esses policiais. De acordo com o documento, profissionais da Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (Deicor) da Polícia Civil teriam orquestrado a venda de parte de entorpecentes apreendidos durante operações. Os delegados Ronaldo Gomes, Márcio Delgado Varandas e Lenivaldo Pimentel, além de uma pessoa identificada apenas como Geovane teriam vendido parte da cocaína apreendida durante operação em Jenipabu – Região Metropolitana – durante o ano de 2008.
Na oportunidade foi anunciado que operação resultou na apreensão de 100 quilos de cocaína. Para o denunciante, o caso vai além. Segundo o documento, a Deicor deflagrou operações paralelas em que ocorreram mais apreensões. “Várias diligências foram deflagradas pelo Deicor, resultando numa quantidade bem maior do que o divulgado”, revela. O documento enumera o que supostamente ocorreu após a ação policial: 1) “as diligências posteriores resultaram numa apreensão de aproximadamente 20 kg, que foi vendida em Recife pela quantia de 3 milhões”; 2) “Quem vendeu a cocaína foi o APC Geovane, lotado no Deicor e pessoa de confiança do Dr. Ronaldo Gomes, ex-agente penitenciário, que devido a antiga profissão tinha contatos com algumas traficantes, tendo realizado a venda na cidade do Recife”; 3) “o dinheiro foi dividido em partes iguais entre Ronaldo, Lenivaldo e Marcio Varandas ( 2,5 milhões) tendo o APC Geovane ficado com 500 mil (usou recentemente 300 mil para comprar um apartamento)”
O caso
O delegado Ronaldo Gomes de Moraes, então titular da Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (Deicor), foi o responsável pela condução do inquérito que apurava a apreensão de cerca de 400 quilos de entorpecentes. A ação recorde ocorreu no ano de 2008. Sob o título de “Laboratório do tráfico é desativado”, a TRIBUNA DO NORTE noticiava a prisão de uma dupla de traficantes e uma grande quantidade de drogas, entre crack e cocaína. A ação ocorreu no dia 8 de outubro de 2008 em uma casa na zona rural de Extremoz – Região Metropolitana. “Num lance de pura sorte, o destacamento da Polícia Militar de Extremoz desmantelou um laboratório de refino de cocaína na comunidade de Tabu, numa área limítrofe ao mangue localizado na Área de Proteção Ambiental (APA) da praia de Jenipabu. No local foram presos dois paulistas: Newton de Albuquerque Gomes Andrade e Cláudio Martins Júnior, ambos de 32 anos”, informava a reportagem.
O delegado de Extremoz Vicente Gomes Filho lavrou o flagrante delito dos traficantes, mas o inquérito seria conduzido pelo delegado Ronaldo Gomes. Na oportunidade, a estimativa da polícia era que a apreensão da droga pudesse ter causado um prejuízo de R$3 milhões para a dupla criminosa. Quase uma semana depois, a Polícia Civil encontrou mais de 100 quilos de cocaína escondidos em veículo tipo Land Rover, de placas GGI-6868, que estava na residência dos suspeitos. A droga foi avaliada em R$ 25 milhões e estava sob um fundo falso da picape.
“Do jeito que está aí, poderia ser multiplicado em cinco vezes aumentando o lucro da quadrilha”, declarou o delegado Ronaldo Gomes na época.
Em junho de 2006, a TRIBUNA DO NORTE publicou uma matéria intitulada “Execuções viraram rotina no Oeste”. Nela, as informações diziam respeito à recorrência de práticas de homicídio naquela região do Rio Grande do Norte. “As execuções sumárias, que permanecem insolúveis, já somam nove, registradas em Mossoró e região, desde o começo deste ano. Crimes com estas características são muito comuns na região, principalmente, porque não existem testemunhas ou quem presenciou tem medo de falar. A pistolagem ocorre, na maioria das vezes, na casa da própria vítima, numa ousada atuação que desafia as autoridades. Ou simplesmente, num lugar ermo, onde ninguém tenha visto. É uma característica, também muito comum, de serem agricultores normalmente envolvidos com algum tipo de ilícito”, dizia a reportagem.
De acordo com a denúncia obtida pela TRIBUNA DO NORTE, esses recorrentes crimes de homicídio podem ter relação com policiais civis e militares: “Desde o ano de 2005 que várias mortes vem acontecendo na Região Oeste sem que ninguém investigue a fundo os autores”. Segundo o documento, “é sabido dentro das instituições policiais que muitas destas mortes foram arquitetadas pela Família Veras com a participação de policiais civis e militares”.
Conforme a denúncia, algumas morte são suspeitas e devem ser investigadas a fundo. José Reis de Melo, Edson Patrício Diniz Júnior, José Garção de Campos Neto, Edson Vieira de Lima, Antônio Gomes e Antônio Amorim. Alguns deles teriam relação com crimes praticados contra integrantes da família Veras, como José Reis que confessou ter participado do assassinato dos irmãos Vicente e César Veras. Muitos foram executados e tiveram os corpos abandonados em estradas carroçáveis e terrenos de difícil acesso.
Segundo o documento, “toda e qualquer investigação a ser realizada sobre os fatos acima expostos, jamais poderá ser feita pela polícia do Rio Grande do Norte, pois os policiais citados fazem parte da cúpula das polícias civil, militar, PF e da Sesed, inviabilizando e tornando suspeita toda e qualquer apuração”
Vingança seria em resposta à morte de PM
“A morte de Vidalvo Miguel da Silva foi expressamente comandada de dentro da Sesed, para demonstrar “o que faz a polícia com quem mata policial”. Esse trecho da denúncia contido na primeira página do documento diz respeito à morte do soldado PM Bruno Smith – alvejado durante ocorrência de assalto no município de Jucurutu.
Vidaldo Miguel da Silva é suspeito de ter matado o soldado Smith durante um assalto realizado em Jucurutu – a 230 quilômetros da capital. O crime ocorreu em março de 2011. O corpo de Vivaldo foi encontrado pouco tempo depois, já em estado de decomposição e com uma arma de fogo próximo ao cadáver. Damião Régis e Francisco Miguel da Silva, suspeitos de ser parceiros de Vivaldo e estar presentes durante assalto que terminou na morte do soldado PM Bruno Smith, também foram assassinados. De acordo com a versão oficial, policiais trocaram tiros com os suspeitos a 10 quilômetros de Jucurutu, que foram alvejados e mortos.
Para o denunciante, isso representa “outro fato que demonstra que a ‘ordem é matar’ é a morte de Damião Régis e Francisco Miguel (parceiros de Vidalvo Miguel) que também foram mortos, quando poderiam ter sido presos”.

Delegados são investigados por crimes

Assassinatos, tráfico de drogas, formação de quadrilha, extorsão, corrupção e tráfico de influência. Esses são alguns dos crimes atribuídos a delegados e agentes da Polícia Civil do Rio Grande do Norte, um agente da Polícia Federal que trabalha na Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social, e um funcionário aposentado da Assembleia Legislativa potiguar. As denúncias desses supostos crimes já são de conhecimento da Secretaria de Direitos Humanos (SDH), órgão vinculado diretamente à Presidência da República.
Baseado nessas denúncias, o delegado geral de Polícia Civil, Fábio Rogério Silva, designou na quarta-feira passada uma comissão tríplice para apurar os supostos crimes. A comissão é formada pelos delegados João Bosco Vasconcelos de Almeida, Laerte Jardim Brasil e Marcus Dayan Pereira Teixeira de Vasconcelos.
A portaria, de número 020/2012, não faz referência aos supostos crimes. Da mesma maneira, não cita os nomes dos policiais que teriam relação com os delitos. O documento diz somente que a comissão deve “instaurar e concluir, no prazo legal, inquérito policial objetivando apurar as denúncias contidas nos documentos anexos ao Ofício nº 365/2011 – SNPDDH/SDH/PR”. A sigla é referente à Secretaria Nacional de Promoção e Defesa de Direitos Humanos.
Procurado pela TRIBUNA DO NORTE, Fábio Rogério disse – através da assessoria de imprensa – que como a investigação corre em caráter sigiloso, não irá se pronunciar sobre a portaria. A TN também procurou um dos delegados que compõem a comissão. “Recebemos essa incumbência agora. Não podemos falar nada neste momento”, limitou-se a dizer o delegado.
“Ordem é matar”
A TRIBUNA DO NORTE teve acesso com exclusividade às denúncias encaminhadas à Secretaria Nacional de Promoção e Defesa de Direitos Humanos. O documento, apócrifo, foi protocolado em 10 de junho do ano passado sob o número: 00005.004292/2011-71. Dez dias depois, o secretário substituto de Promoção e Defesa de Direitos Humanos, Gabriel Silva Ribeiro, enviou ofício (de número 365/2011) ao ouvidor de Polícia do RN, Geraldo Soares Wanderley.
Após tramitar na Casa Civil, na Corregedoria Geral e na Secretaria de Segurança, as denúncias chegaram nas mãos do delegado geral. Fábio Rogério decidiu designar a comissão tríplice na semana passada.
A TRIBUNA DO NORTE obteve cópia das denúncias, que são feitas em cinco páginas de papel ofício, em Brasília. O documento é atribuído ao Sindicato dos Policiais Civis do RN (Sinpol). Logo na primeira página, o denunciante frisa que “por não ter um plano se segurança devidamente traçado, a ‘ordem é matar’ para mostrar serviço perante a governadora e a sociedade” (sic). Fato teria ocorrido no ano passado.
O denunciante ressalta que “toda e qualquer investigação a ser realizada sobre os fatos jamais poderá ser feita pela polícia do Rio Grande do Norte, pois os policiais citados fazem parte da cúpula das Polícias Civil, Militar, PF e da Sesed, inviabilizando e tornando suspeita toda e qualquer apuração” (sic).
O denunciante diz que crimes ocorridos em abril de 2011 “demonstram claramente o que estou falando”. Ele exemplificou usando quatro assassinatos atribuídos à polícia potiguar. As vítimas foram: os assaltantes Vidalvo Miguel da Silva e Damião Régis e Francisco Miguel, além de um outro cujo nome não é citado no documento. Para o denunciante, esses homens foram mortos “quando poderiam ter sido presos”.
A pessoa que encaminhou a denúncia à SNPDDH diz que desde 2005 que várias mortes são registradas na região oeste potiguar. Segundo ela, “é sabido dentro das instituições policiais que muitas destas mortes foram arquitetadas pela família Veras com participação de policiais civis e militares” (sic).
Nesse trecho do documento, o denunciante se refere aos delegados Ronaldo Gomes de Moraes e Sheila Maria Freitas de Almeida, ao funcionário aposentado da Assembleia Legislativa Admilson Fernandes e ao agente de Polícia Federal Sílvio Marcelino da Silva Júnior. (Veja quadro)
O documento também trata do crime de tráfico de influência dentro da Polícia Civil. O denunciante tratou esse capítulo como “Esquema de nomeações estratégicas da Degepol”. O crime teria sido cometido na época em que Ronaldo Gomes era delegado geral. O objetivo do dito “esquema” era “dar cobertura a determinadas irregularidades e recebimentos de propinas”.
O denunciante cita outros quatro delegados como partícipes desse “esquema”: Sílvio Fernando, Gustavo Santana, Delmontiê Falcão e Márcio Delgado Varandas.
Segundo o documento, Sílvio Fernando, titular da Delegacia Especializada de Costumes (DEC) é “amigo íntimo do traficante e homicida Novinho do Gás [Wagner Miguel de Araújo Galvão]“. O delegado teria inclusive sido “flagrado numa filmagem feita pelo Dr. Rolim [Raimundo Rolim de Albuquerque Filho, também delegado de Polícia Civil] viajando numa camioneta de propriedade de Novinho do Gás. Atualmente dá cobertura ao ‘Esquema do Gás’, tirando do caminho os concorrentes de Novinho” (sic). O documento ressalta que Wagner Miguel teria relações amorosas com “uma sobrinha do Dr. Ferraz, atual subsecretário de Segurança, (…), onde a ordem é não mexer com Novinho” (sic). Na verdade, o delegado de Polícia Federal aposentado Airton Ferraz ocupa o cargo de secretário-adjunto da Sesed.
O delegado Gustavo Santana foi citado no documento porque, quando estava na Delegacia de Costumes, teve, de acordo com o denunciante, “seu nome encontrado nas agendas dos bicheiros Luiz Correia e Marcelo Correia, presos e envolvidos numa operação que apreendeu várias máquinas caça-níqueis”.
Delmontiê Evaristo Falcão, que hoje está na Delegacia Especializada na Defesa da Propriedade de Veículos e Cargas (Deprov), foi citado porque estaria “envolvido num esquema de roubo de cargas na época em que era delegado de Assu, fato que está sendo investigado pela Polícia Federal”.
Por último, o delegado Márcio Delgado teve o nome ventilado na denúncia por ter sido nomeado para a Delegacia Especializada de Investigação de Crimes Contra a Ordem Tributária (Deicot). A designação teria por objetivo “abafar o inquérito policial que está apurando as irregularidades do IPEM, que tem como acusado o ex-diretor Richardson [de Macedo Bernardo, preso na operação Pecado Capital e solto recentemente após a revogação dessa prisão]“. O denunciante frisa ainda que Richardson seria um “testa de ferro do deputado Gilson Moura”.

Policial Militar ganha 1ª Corrida do Choqueano e irá disputar Corrida de São Silvestre

Na tarde deste Sábado de Aleluia, 7, a Polícia Militar do Estado do Rio Grande do Norte, através do Batalhão de Polícia de Choque promoveu a 1ª Corrida do Choqueano, realizada em alusão ao segundo aniversário da Unidade Especializada.
Participaram da corrida rústica cerca de 500 atletas, divididos em sete categorias de competição, onde o primeiro lugar geral teve como premiação uma passagem aérea de ida e volta para participar da Corrida de São Silvestre, em São Paulo.
O Soldado PM José Adailton Barbosa, membro do Clube de Atletismo do Rio Grande do Norte, cumpriu o percurso de 6,2 km em 19 minutos e conquistou o 1º lugar geral. O 2º e 3º lugar geral ficaram, respectivamente, com José Pereira da Silva e Josivan dos Santos Carvalho, ambos membros do Clube de Atletismo.
Já a categoria feminina teve como vencedoras as atletas Sandra Maria Alexandre da Silva, Gerlaneiara da Silva e Raisa Marcelino, ocupando o 1º, 2º e 3º lugar. A categoria de atletas especiais, portadores de deficiência física, tiveram como vencedores Pablo Gustavo Ferreira, Cláudio Germano de Soouza Filho e Marcelo Ferreira, conquistando, respectivamente, o 1º, 2º e 3º lugar.
A 1ª Corrida do Choqueano visou integrar, através do esporte, a sociedade potiguar e a Polícia Militar do Estado do Rio Grande do Norte.

“Fazemos um patrulhamento inteligente”, afirma Comandante Geral

A aparente falta de viaturas em pontos da cidade é justificável, segundo o comandante-geral da Polícia Militar do RN, coronel Francisco Canindé Araújo. O trabalho de patrulhamento dos militares, de acordo com a explicação dada pelo oficial, é feito de forma para aproveitar ao máximo os recursos disponíveis, aplicando uma grande carga apenas em uma situação diferenciada. “Praticamos um patrulhamento inteligente. As barreiras e bliztes quem vem sendo realizadas desde o início da [operação] Metrópole Segura são feitas em horários e locais específicos, estudados anteriormente”, comentou o coronel.
Os lugares citados seriam onde aparecem grandes números de homicídios e assaltos, por exemplo, ou até mesmo nas grandes concentrações comerciais e bancárias da cidade, e nos horários em que os delitos são mais cometidos, como o início da manhã e à noite. A prática “inteligente” da polícia tem dado resultados. No primeiro trimestre de 2012, por exemplo, os índices de assassinatos e assaltos à ônibus, que preocuparam os natalenses no início deste ano, caíram.
Para o coronel, a sensação de segurança que é passada para a população com uma maior presença de viaturas nas ruas seria relativa. “A pessoa pode passar por um local e não ver uma viatura, mas não quer dizer que aquele local é inseguro. Muitas vezes, por exemplo, regiões que contam com uma presença de muito patrulhamento são as que mais contabilizam crimes. Assim como as que têm pouca polícia registram muito pouco. Esta situação é muito relativa”, disse Araújo.
O comandante ainda confirmou que a atuação da Polícia Militar nas barreiras e com o aumento de efetivo em áreas mais perigosas seguirá sendo feita. “Onde existe o delito, existe o reforço do número de policiais, sempre otimizando os recursos. Não adianta colocar vários militares onde não é necessário”, ponderou coronel Araújo.

Equipe de reportagem percorre 60 km e encontra apenas três viaturas de policiamento ostensivo

Uma manhã inteira pelas ruas de Natal, 60 quilômetros rodados pelas quatro zonas administrativas e poucas viaturas avistadas pelas principais vias da capital. Este foi o panorama encontrado pela reportagem do Diário de Natal, que passou pouco mais de três horas circulando pela cidade e encontrou apenas três viaturas da Polícia Militar realizando o chamado patrulhamento ostensivo, sendo uma na Zona Norte, outra na Zona Leste e a última na Zona Sul. Apesar das afirmações dos gestores de segurança pública e dos números que apontam para redução parcial da violência, a população só acredita e tem a sensação de segurança quando vê a polícia na rua. As falas de moradores de Norte a Sul de Natal pedem mais viaturas na rua.
Em uma das portas de entrada da Zona Norte, o Complexo Viário Ulisses de Góis, mais conhecido como viaduto de Igapó, encontra-se uma base do 4º Batalhão da Polícia Militar. Às 8h20, quando a reportagem passou pelo local apenas um PM encontrava-se no prédio, sem o apoio de nenhuma viatura. Seguindo a “ronda” em busca das viaturas até chegar pela João Medeiros Filho na avenida Paulistana, no conjunto Panatis, de frente para o quartel do Bope, o único policial visto estava fora de serviço, fardado, mas pilotando uma moto particular.
O ponteiro batia as 8h35 e o carro da reportagem seguia pela avenida das Fronteiras, uma das mais movimentadas da região, mas nada de viatura. Chegando ao conjunto Alvorada, ao longo da avenida Boa Sorte, que concentra boa parte da movimentação de alunos e de comércio da área, a situação seguia a mesma. Apenas quinze minutos após, ao completar 30 minutos de giro pela região, foi avistada a primeira viatura, no início da avenida Guararapes, saindo da Itapetinga. Nesta mesma via a situação voltaria ao que foi visto no resto da região. Mesmo abrigando um prédio do 4º BPM nada de policial pelas ruas, exceto por um motoqueiro da Rocam, fora do trabalho de patrulhamento.
Mais à frente, na rua Governador Antônio Melo Souza, conhecida popularmente como “Pompéia”, no bairro Pajuçara, a segunda viatura foi vista, mas não de patrulhamento ostensivo, mas sim do Policiamento Rodoviário Estadual (CPRE). Chegando de volta à João Medeiros Filho, às 9h05, duas viaturas encontravam-se paradas no posto policial do conjunto Panorama. Até a Ponte Newton Navarro apenas mais uma viatura foi encontrada, desta vez do Patrulhamento Ambiental (Cipam).
O próximo carro da Polícia Militar só foi encontrada às 9h20, quando no cruzamento da avenida Afonso Pena com a rua Maxaranguape apareceu a segunda viatura em patrulha. Pertencente à Companhia de Polícia Feminina (CPFem), o carro seguiu pela Afonso Pena com três homens. O percurso da reportagem seguiu, entre 9h23 e 9h37, por ruas como Maxaranguape, Alberto Maranhão, Rodrigues Alves, Ceará-Mirim, Apodi até a Rio Branco, em pleno Centro, e nada de mais viaturas.
Seguindo pela avenida Prudente de Morais, passando pela grande concentração de lojas e, principalmente, de instituiçõesbancárias e o cenário seguia o mesmo do encontrado na saída de Petrópolis e do Centro de Natal. Apenas às 10h15 a terceira viatura em patrulhamento foi encontrada. Integrante do Batalhão de Policiamento de Choque (BPChoque), o carro seguia com quatro homens pela Roberto Freire.
Reunião
Logo em seguida, às 10h20 uma concentração inusitada. Nove viaturas, atuantes na Zona Sul da cidade, encontravam-se ao lado do viaduto da BR-101. Desde componentes do Regimento de Polícia Montada (RPMon) aos das companhias de Turismo e Ambiental, mais de 20 policiais militares encontravam-se na reunião. Segundo o suboficial Rodrigues, da RPMon, a reunião é feita semanalmente. “Os oficiais reúnem-se para discutir o trabalho da semana. Mas é sempre em um local diferente”, explicou o policial. A viagem de volta completou os 60 km rodados, passando por bairros da Zona Oeste como Cidade da Esperança e Bom Pastor, seguiu pela avenida Mor Gouveia e não encontrou mais PMs nas ruas até o retorno às 11h10.